6.28.2011

Mercado da musica...

     Já falei sobre musica, mas não sobre o mercado musical, indústria da musica. Então falarei disso agora.
     É fato que não se faz mais musica como anos atrás.
     Hoje, o que você precisa para fazer sucesso? Internet, um rosto bonitinho. Não precisa de muito.
    Esse é a principal comunicação de massa que é preciso para se lançar no meio musical.
   ‘’Qualquer’’ um pode ir lá gravar alguma coisa e colocar na internet e depois de um dia para o outro fazer fama, exemplos disso é disso atualmente é Restart e Justin Bieber.
    Hoje as letras das musicas das bandas que vem surgindo só ficam na mesma coisa, no mesmo paradigma. Exemplo dos temas que as bandas atuais abordam: Amor, sofrimento e etc.
    Não existe mais aquela coisa que você escuta e reflete o que a musica quer dizer. Isso já esta cada vez sumindo.
     Antigamente as letras abordavam temas mais complexos. Falavam da atual sociedade, da politica, esses sim colocaram o nariz para fora e decidiram fazer algo revolucionário, que pudesse passa alguma mensagem para as pessoas sobre a realidade, expor realmente o seu sentimento.
     Vou citar um álbum que mudou o mundo da musica. Ele é o terceiro álbum mais vendido de todos os tempos: The Dark side of the moon do Pink Floyd. Esse álbum abriu um grande campo no meio musical. Ele fala sobre dinheiro, loucura, morte, tempo e etc. Foi um marco no rock progressivo e também a uma ponte para musica eletrônica (na época e ate hoje quem sabe).
    Antigamente as rádios tocavam musicas de artistas que realmente mereciam estar lá. Mas ai chegou o dinheiro. Então os empresários começaram a oferecer dinheiro para que suas bandas tocassem nas rádios e isso se chama Jabá.
     Como ia dizendo a internet é o maior meio de comunicação de massa que existe hoje em dia para se chegar à fama.
     Você talvez se pergunte: Por minha banda favorita não esta no centro das atenções? Não esta na mídia?
     Bem... A resposta esta em você obviamente. Você esta fazendo seu papel de fã? Divulgando as coisas que você gosta? E não as coisas que não gosta?
     Porque hoje o que se faz mais sucesso são as bandas que fazem mais polemicas, as quais o povo não gosta e que servem para fazer ‘’guerras’’ entre fãs e etc. Mas tem uma questão. Você percebeu que esta dando audiência para isso? Estão deixam essas bandas mais famosas e ganhando dinheiro? E você esta fazendo o que? Falando mal? Certo, certo, não vou ser hipócrita e falar que nunca esculachei uma banda, ou um gênero musical, mas eu não divulgo essas coisas e escuto as coisas que me agradam.
     Se você não gosta, não da audiência. Mas ai você fala: ‘’Mas sempre que eu ligo na radio esta passando esses lixos sonoros’’. Amigo, só tem aquela estação  de radio para você ouvir? Muda.
     Hoje temos muita informação. Hoje você pode levar mais de 200 musicas em um aparelho que cabe no seu bolso, anos atrás você tinha disco de vinil, e para levar 200 musicas com você, iria precisar de um caminhão cheio de vinil.
     A coisa esta tão tecnológica que você baixa um álbum na internet, escuta e se não gostar já apaga e vai buscar outra banda. A cada dia descobrem uma banda nova.
     Outra coisa que as bandas hoje estão fazendo é se ‘’vender’’. O que é isso?
     É quando uma banda tem como o principal objetivo ganhar dinheiro, só isso. Mesmo que isso tenha que mudar o som da banda, a musicalidade, fazer musica pop para agradar a mídia.
     Isso que acontece na atualidade, com bandas mais novas e veteranas também.
     Isso que faz a qualidade da musica cair, só se importando com o dinheiro e mais nada, e não fazer musica porque ama e tem satisfação.
     Enfim... Se você não gosta de uma banda, discuta apenas o necessário e não sai por ai divulgando isso, porque mais tarde o que você não gosta vai fazer fama pelas suas custas, porque você deu audiência a isso.
     Por isso no próximo post que vou fazer, vai ser da minha banda favorita, Iron Maiden, que não precisa da mídia cercando para fazer fama.
     Já falei do meu gosto musical, mas vou repetir rapidamente sobre o que eu gosto: Gosto de coisas que revolucionaram alguma coisa, que tiveram importância e que está ai ganhando dinheiro por aquilo que ama fazer e não porque se vende.
     Bom... Isso é tudo. Quer debater comigo alguma coisa, é só me seguir no twitter. Procure pelo primeiro botão no meu blog que vai estar no canto esquerdo.  
     Obrigado. 

6.24.2011

Minhas verdades, minha vida, meu dia-a-dia.


Vou tentar ser o mais rápido possível, o mais direto ao ponto que quero chegar.
Olhem... Já falei de muitas coisas aqui nesse blog, mas não do meu dia-a-dia, ou da minha vida. Pois bem, vou falar agora.
Meu dia-a-dia. Agora estou de férias, vou aproveitar para acordar tarde (isso é muito bom), acordou cedo todo santo dia, cansa isso.
Enfim, férias para mim vai se resumir em isso (pelo menos espero): Rock, violão, bebida, amigos, mulheres, virar o dia na rua e outras coisas que adolescentes fazem.
Meu dia é simples: acordar, lavar o rosto, comer, banho, ler, escrever e computador.
Depois que acabar as férias vou começar fazer curso de técnico de informática. Legal não é? Algumas pessoas acham chato, mas eu acho incrível o mundo da computação.
Bem... Deixa-me falar sobre minha situação nesse momento.
Fiz muitas coisas erradas, eu admito, mas eu queria me arrepender, muitas vezes eu me arrependo, é tenso.
Eu troquei uma vida por uma diversão, sabem o que é isso? Se não, continuem a não saber, vai por mim, é melhor.
No momento eu estou solteiro e quero continuar assim, ate achar alguém que vale realmente falar ‘’eu te amo’’. Ultimamente ninguém sabe amar, ninguém da valor essa palavra, quero mais é que se exploda, vou viver minha vida sem se preocupar com namorar agora. Se bem que antes eu tinha uma namorada espetacular, loira de olhos verdes, já citei ela no meu blog, Jeymy, pois é. Deveria estar com ela agora, mas não estou. Quem sabe algum dia possa acontecer de voltar com ela? Não sei, mais para frente.  
Ela era o meu oposto, mas tínhamos conversa, nos dávamos muito bem, mas isso é outra historia.
Como estava falando, entrei em férias, vou aproveitar meus amigos, beber e me divertir. Se tem uma coisa que vale muito apena nessa vida, é os amigos.
São eles que te fazem sorrir nas piores horas e que te dando força para continuar a seguir em frente. Por isso que eu digo ‘’ EU TE AMO’’ para todos vocês, sei que vocês me amam (não estou me achando), mas eu sei que é verdade.
Duda s2
Bem, hoje, irei para casa de uma menina que eu amo muito, e não faz nem um ano que a conheço. O nome dela é Duda Soto, já a citei aqui, então não prolongarei muito sobre ela.
Só sei que vamos aproveitar cada segundo que estivermos juntos, porque eu estou longe dela na maioria das vezes.
Marcela s2
Outra pessoa que quero ver é a Marcela (já citei também) faz muitos meses que não a vejo, preciso dar um abraço nela para mostrar que nada mudou desde que me mudei.
Minha situação de vida é boa, não estou amando ninguém especificadamente, muitas vezes me machuca, então estou pegando distancia disso.
Uma coisa que quero falar aqui também é sobre amor impossível.
No meu modo de ver, amor impossível não vale a pena, não mesmo.
Tem pessoas que correm atrás de outras, tem gente que gosta de sofrer. Mesmo com ele(a) te dispersando, não falando com você, não gostando, a pessoas ainda sonha que eles iram ficar juntos, isso para mim é querer sofrer é ser idiota e burro.
E essa historia de que ‘’ quem ama não desiste’’ isso não passa de palavras jogadas fora. Quantas vezes eu já ouvi isso? Quantas vezes eu já ouvi ‘’eu te amo para sempre’’. Eu não caiu mais nessas palavras sem sentimento.
Diz-me agora, o que vale mais apena: você curtir a vida, se divertindo, com seus amigos ou correr atrás de uma pessoa que não esta nem ai para você? Agora fique sobre seu critério o que escolher.
Eu acho que é isso, e se você ler isso e pensar que alguma coisa serviu de indireta para você, se a carapuça serviu, desculpa, só falei minhas verdades.
Ultimas palavras: Desde que você não faça mal a outra pessoa, faz o que você quiser.

‘’A sorte ainda não teve sorte
  Tem de fazer suas próprias regras
  É a minha vida
  É agora ou nunca
  Eu não vou viver para sempre
  Eu só quero viver enquanto eu estou vivo’’
             
                                                                 (it’s my life – Bon Jovi) 

6.13.2011

Capítulo II: O Real e o irreal

     
     Os primeiros raios de sol estavam surgindo no céu e ao mesmo tempo batia nas cabas no acampamento. O céu estava azul, com algumas nuvens, ao todo um belo dia.
     Aos poucos os sobreviventes saiam das cabanas para um novo ano, que provavelmente seria como todos os outros.
     Cada pessoa tinha uma função. Uns iam colher madeira para o fogo, outros iam checar as armadilhas feitas para caçar animais. Grupos de caçadores iam entrando mata adentro a procura de mais comida, grupo de pescadores. Ainda tinha alguns médicos, engenheiros e cientistas no meio do acampamento.
     Saimer e Kimberlly eram responsáveis pela busca de madeiras, galhos, qualquer coisa que sirva como fonte de fogo. 
     Eles revezavam com outra dupla. Eram mais velhos, cinco anos de diferença com relação à idade de Saimer e seis de Kimberlly.
     Outra diferença é que a dupla era formada por homens. Louis Ben e Andrew Jackson. 
     Louis é um rapaz de vinte anos. Seu cabelo preto chegava ate os ombros, olhos negros, seu porte físico arrancava sorrisinhos das meninas que viviam no acampamento. Seu comportamento era como de um pavio curto. Qualquer encarada, olhar torno, ou alguma brincadeira que ele não goste já tem motivos de para agressão coisa que seu amigo Andrew tenta faze-lo parar com essas atitudes. 
     Já Andrew é uma pessoa oposta a do seu amigo. Tem paciência para tudo, principalmente com Louis, simpático, se da bem com todos, mas às vezes mente para ganhar algo que quer muito, mas acaba que ninguém percebe. Ambos têm os pais mortos na guerra, alias quase todo mundo ali com menos de 20 anos tem seus pais desaparecidos e mortos.
     Tem cabelo castanho e arrepiado, olhos castanhos claros. Uma coisa que se destaca quando alguém olha para o rosto dele, é uma cicatriz razoavelmente grande no canto esquerdo da boca.
     Mas hoje o dia do trabalho era de Saimer e de Kimberlly.
     Ela nunca foi acorda-lo em sua cabana para fazer o serviço, sempre se encontravam na grande mesa do acampamento, que era o encontro de todos nas refeições.
     Mas hoje foi diferente. Saimer estava atrasado, ela odiava isso nele, quase sempre se atrasava, para tudo.
     Então, já não aguentando mais esperar, começou a subir em direção à cabana dele.
     Pessoas já circulavam para os cantos, uns bocejando com a toalha de banho nos ombros, outros passando com equipamentos de caça, pescaria ou para concertar alguma coisa. 
     Kimberlly vestia uma camisa branca onde uma estampa preta que ocupava toda a camisa, se lia: ‘’A guerra tem como objetivo a paz? Acho que nesse caso não!’’. Uma jaqueta de couro bege, calça jeans preta e uma bota com tecido de camurça bege sem salto.
     Quase chegando à cabana de Saimer, Kimberlly passou por uma grande construção feita de concreto. Era uma espécie de quarto onde se guarda as coisas velhas que você não usa em sua casa através dos anos. Mas dentro da construção não havia coisas velhas, tinham suprimentos para sobrevivência, como: comida em latada, coisas de pesca, armamento incluindo balas e peças de armas espalhadas por todo o canto, cabanas velhas, sacos de dormir, facas para caça, talheres e um monte de coisas que eram necessárias para o dia-a-dia.
     Kimberlly chegou à cabana de Saimer e falou pelo lado de fora:
- Saimer, você esta ai? Acorde, como sempre você se atrasou, eu tenho uma raiva disso, você sabe.
     Por um momento não houve resposta.
     De dentro da cabana, Saimer estava olhando para teto, talvez não tenha ouvido Kimberlly chamar o seu nome ou talvez sim, mas estava concentrado demais para respondê-la.
      Desde que acordou novamente, não conseguiu dormi, ficou pensando no que sonhou, se era tudo verdade ou se era apenas um sonho qualquer. Mas o que ficou martelando sua cabeça mesmo foi o aconteceu no seu pesadelo. Ele agiu, não foi como das outras vezes que tudo acabou com sua morte, dessa vez ele reagiu. 
     Quando atiraram nele, tinha conseguido paralisar a bala que estava quase atravessa sua cabeça, e que tudo em volta estava em câmera lenta, como se o tempo tivesse parado.
     Era surreal tudo aquilo.
- Saimer, não me faça entrar ai e te trazer para fora a força – disse Kimberlly se irritando e chamando mais uma vez Saimer.
- Já estou indo, desculpa – disse Saimer em um tom desconfortante, como se estivesse atrapalhando-o e estava.
     Em poucos minutos ele estava descendo com Kimberlly rumo à estrada que eles sempre pegam para seu trabalho. Ele estava vestido como na madrugada, não mudou nada exceto que estava usando luvas de couro para não machucar outra vez as mãos como sempre faz.
- Você esta bem? Parece que não dormiu direito. Pesadelo de novo? – perguntou Kimberlly. Ela estava observando a aparecia dele, estavam com olheiras como sempre, mas ele estava longe, como se sua mente não estivesse ali:
- Ei, estou falando com você, acorde! – ela estalou os dedos na frente do seu rosto para ver se ele prestava atenção nela:
- Desculpe, é o sono. Vamos terminar isso rápido – Saimer disse apontando para o caminho em que eles deveriam seguir.
     O sol já estava forte, mas como estava no inverno, fazia frio ainda.
     Assim como no outono, no verão as árvores perdem folhas, por serem de uma floresta típica com o clima temperado.
     Era inverno, as condições não eram muito boas para se encontrar algo seco. Tinha neve para todo o canto. 
Saimer olhou tudo aquilo, havia tempo que não conseguiam uma quantidade grande de gravetos, pedaços de troncos e etc.
- Vamos voltar? Ou enrolar um pouco aqui para não ficarem pegando no nosso pé por voltarmos cedo e não trazemos nada? – perguntou Saimer desanimado.
- Saimer, o que aconteceu com você? Desde que estamos andando você parece tão distante – Kimberlly estava insistindo nessa pergunta desde manhã – Sei que esta acontecendo alguma coisa, eu te conheço e não é de hoje – continuou insistindo deixando Saimer sem para onde correr.
- Certo, olha, não sei se deveria contar isso, mas eu sonhei com uma coisa muito... Muito... Não sei como dizer – ele falou isso distraído, não estava olhando para Kimberlly. Procurou um tronco caído e sentou-se, pelo jeito a historia ia ser longa.
- Sonhou com o que? – perguntou Kimberlly curiosa e sentando-se do lado de Saimer.
- Bem... Olhe espere eu falar esta bem? 
- De acordo, comece a falar.
     Saimer deu um suspiro, não sabia se deveria contar, mas ficar guardando isso pra si mesmo estava deixando-o louco e não era para qualquer um que ele iria contar, era para ela, Kimberlly a menina que ele ama desde seus 13 anos, única pessoa que ele confiava no mundo. 
     Ele estava olhando para a neve derretendo no chão cobrindo as folhas, sua expressão não era das melhores.
     Ele contou tudo, nos mínimos detalhes sem faltar nada, e ainda continuava a olhar para o chão. Kimberlly estava sem saber o que dizer. Esse sonho a deixou confusa também. Estava se sentindo culpada por não saber o que falar, sempre tinha algo para falar para ele, mas dessa vez não tinha.
- Confuso não é? Se você esta assim, imagina como estou – desta vez Saimer olhou para Kimberlly, nos seus olhos, eles estavam em um tom de verde claro.
- Não precisa se sentir culpada por não ter nada o que falar. Às vezes o silencio fala mais que palavras. Sei que esta preocupada e confusa, você não precisa falar nada pra demonstrar isso, basta eu olhar e descobrir – disse Saimer em um tom carinhoso e doce e continuou falando – E se quer saber de uma coisa, só de saber que esta do meu lado é tudo o que eu sempre quis desde o primeiro dia em que te vi – Saimer estava conseguindo, finalmente, estava abrindo o jogo com Kimberlly sobre o que ele sentia, e sobre o assunto do sonho que ele comentou, tinha ficado de lado:
- Eu... Eu... – Kimberlly gaguejou, sempre fora assim. Sempre que Saimer começa a falar o que sente ou dar indiretas ela gagueja e não tem coragem de ceder, ela queria dizer eu te amo para ele, mas não conseguia.
- Enfim, você acha que esse sonho, tudo isso pode ser verdade? – Saimer voltou ao assunto do seu sonho, viu que tentar colocar as cartas na mesa e falar do seu sentimento fazia Kimberlly se envergonha e gaguejar.
- Não sei direito. Já ouvir falar desses tais de Dreamers, apenas boatos, mas você ser um deles é loucura. Se fosse, era para estar nesse tal lugar que existem sobreviventes, no caso só tem sobreviventes anormais – disse Kimberlly voltando ao normal.
- Você fala como se essas pessoas fosse uns monstros ou coisa parecida.
- Não é isso, é tudo muito confuso e parece ser impossível.
- Não existem coisas impossíveis e sim coisas difíceis de serem alcançadas.
- Mas você acha realmente que é um deles?
- Talvez, não sei ainda... Estou confuso, mas vou tentar descobrir. John falou que a chave esta na minha mente.
- Bem, você que sabe, só quero que saiba que estou aqui para qualquer coisa – despois que Kimberlly falou isso, suas bochechas ficaram avermelhadas, não se deu conta de que falou aquilo.
- Eu sei disso, eu agradeço. Mas o que vamos fazer, voltamos para o acampamento de mãos abanando ou tentamos procurar algo? – perguntou Saimer mostrando a situação de como estava para procurar algo seco para fazer fogo.
- Bem que você podia sonhar que conjurava umas madeiras secas do nada, poupava nosso trabalho não é mesmo? – perguntou Kimberlly fazendo um comentário sarcástico do assunto e sorrindo. Como Saimer amava aquele sorriso, perfeito mostrando os dentes perfeitamente alinhados e brancos, isso a deixava mais atraente e mais... Mais... Perfeita.
Saimer levantou-se pegou um punhado de neve, fez uma bola e atacou em Kimberlly.
- Seu bobo, olha o que você fez? Sujou-me toda, você vai ver – Ela se levantou também, fez uma bola maior e tacou nele.
     Ele correu desviando das bolas de neve que ela atacava. Kimberlly estampava um sorriso no rosto, vazia que não se divertia assim. 
     Ultima vez que esteve se divertindo assim foi... Ela não sabe. Mas Saimer estava lá se divertindo com ela, como se tudo o que estava acontecendo não importasse mais.
     Saimer estava escondido atrás de uma árvore, Kimberlly estava procurando-o, de repente ele saiu de onde estava e falou:
- Estou aqui sua boba – Kimberlly se assutou e atacou a bola de neve em direção ao seu rosto, mas foi com muita força. Saimer fechou seus olhos e só sentiu a bola de neve gelada explodir nos seus olhos, ele tombou para traz e caiu de bunda no chão, não esperava tanta força.
- Ah meu deus! O que eu fiz. Saimer você esta bem? Machuquei você? Eu sempre estrago tudo viu – Kimberlly saiu correndo para ver como ele estava, abaixou-se a seu lado e tirou as mãos que cobriam seu rosto.
Ela ficou perto do rosto dele, a um palmo de distancia. Ele abriu os olhos sussurrou:
- Queria poder ficar aqui nesse momento para sempre – ele sussurrou suavemente e depois aconteceu uma coisa inesperada. Os lábios dos dois se encostaram suavemente. Foi a melhor sensação que Saimer tinha sentido desde que se separou de seus pais. Estava tocando os lábios da menina que ele sempre amara. Mas aquele momento durou pouco. Kimberlly se afastou rapidamente e estava muito vermelha, ela estava sentindo o mesmo que Saimer, mas estava com muita vergonha.
- Desculpe, eu não queria que ficasse assim, tão tímida, acho melhor voltarmos ao acampamento – disse Saimer se sentindo culpado. 
- Saimer... Não é culpa sua.  Sou muito envergonhada e tímida, às vezes tenho raiva por isso, não queria ser assim. 
- Tudo bem, eu entendo – Saimer deu a mão para ela para que pudesse levantar da neve gelada – Vamos voltar e rezar para que não ninguém brigue com nós.

     Ao voltar, ninguém desconfiou de nada o que era raro já que todo mundo por lá eram rigorosos em questões de dever.
     Mas Saimer notou que havia bastantes galhos e troncos de arvores secos o suficiente para mais um mês ou dois.
     No caminhou de volta, nenhum dos dois deram uma palavra. Tinha acontecido algo intenso e forte a momentos atrás, mas ninguém achou que fosse algo tão tenso para comentar algo.
Eles se despediram estranhamente. Cada um foi para um canto.
     Saimer voltou à cabana dele, conferiu as horas, eram exatamente 10h00min, estava exausto pelas noites mal dormidas. Então se deitou, estava pensando no ‘’beijo’’ que deu em Kimberlly e ao mesmo tempo estava tentando esquecer para manter a mente vazia e tentar descobrir se tudo o que estava acontecendo era real. Mas não deu tempo, ele dormiu rapidamente com os pensamentos embaralhados.
     Saimer estava sonhando com o memento que ele passou com Kimberlly, o pequeno beijo que eles deram.
     Mas algo no sonho estava errado. Em sua mente, Saimer estava desejando que aquele momento se prolongasse que Kimberlly não sentisse vergonha. E foi exatamente isso que aconteceu.
     Eles literalmente se beijaram. Um beijo longo e devagar, como um casal apaixonado dando seu primeiro beijo, mas era exatamente isso que estava acontecendo. 
     Os dois não eram um casal, mas eram apaixonados e o primeiro beijo de verdade deles aconteceu em um sonho, um pouco bizarro se for analisar. 
     Aquilo não era para acontecer. Acho que agora ele estava começando a acreditar que podia controlar seu sonho. Saimer desejou que aquele momento se prolongasse, e dito e feito. 
     Mas o sonho mudou. Estava no mesmo pesadelo de sempre e na mesma posição, esperando pela morte.
     Ele estava querendo se libertar, querendo sobreviver mais uma vez daquele pesadelo horrendo.
     Em sua mente ele falava: ‘’Eu estou no controle. A partir de agora não sonharei mais com isso. Sonharei com o que quiser. Vou fazer do meu sonho o refugio para o mundo perfeito. ’’
     Então algo estranho acontece. Sua cabeça começou a doer, seus pensamentos desapareceram e na sua mente tudo ficou branco.
     Saimer abre os olhos e se viu em um ambiente familiar.
     Ele não acreditou onde estava. O lugar era o mesmo quando sonhou com o John, onde aquele estranho senhor falou para ele que era um  Dreamer e que o mundo precisava dele.
Tudo estava totalmente branco, Saimer não conseguia ver ate onde dava.
- Isso é impossível! – falou ele incrédulo – Finalmente consegui libertar minha mente. Alcançar o imaginável. Expandir-me. Eu realmente sou um Dreamer, e agora? 
     Ele realmente não acreditava no que estava acontecendo. Em tão pouco tempo conseguiu controlar sua mente dentro do sonho. Conseguiu tirar todos seus pensamentos da cabeça e deixar sua mente vazia para sonhar com o que quiser.
E agora? Qual era o próximo passo? O que deveria fazer agora? E quando acordasse?
- Calma Saimer, respira. Você precisa se controlar. Qual a primeira coisa que deve sonhar? O acampamento.
     Ele fechou os olhos, concentrou-se. Imaginou cada parte do acampamento. Cada lugar em que passou e viu. A imagem do acampamento estava começando a surgir em sua cabeça, mas não conseguiu juntar informações suficientes. Sua cabeça começou a doer, latejar tanto que caiu de joelhos e colocou suas mãos na cabeça de tanta dor e todo seu pensamento sumiu. Ele se recuperou e se levantou novamente.
- Certo. Talvez isso fosse algo muito grande para sonhar. Talvez... A minha cabana, uma coisa simples de se imaginar.
     Fechou os olhos novamente e pensou nela. Em cada detalhe da parte interna e externa.
     Não houve a dor na cabeça dessa vez. Automaticamente ele simplesmente abriu o olho, estalou os dedos das duas mãos e de repente estava dentro de sua barraca. Ele se sentou e cruzou as pernas.
     Ele não soube como fez aquilo. Foi por instinto, como se fosse fácil e simples.
- Incrível! – essa foi a única palavra que conseguiu falar, seus olhos brilhavam.
- E se ela flutuasse? Se eu pudesse controlar as coisas com a mente? Não seria uma má ideia né? 
    Dessa vez ele não fechou os olhos. Apenas se concertou em tudo a sua volta. 
     Percebeu que havia uma pequena corrente passando por ele. Pensou na liberdade, na pluma ao vento, nos pássaros de como era simples sair voando. E pensou no sonho anterior de como conseguiu paralisar aquela bala e deixar tudo em sua volta em câmera lenta, só agora ele deu conta da onde veio tanta energia que recebeu naquele instante.
     E novamente, com um impulse ele estralou os dedos e começou a erguer as mãos para cima e ele sentiu uma sensação diferente.
     Não foi a cabana que estava flutuando, era ele. Saimer estava em uma espécie de transe e começou a sair do chão ate chegar ao topo da cabana e bate de leve a cabeça e então ele voltou ao seu estado normal e olhou para baixo e arregalou os olhos e disse:
- O meu deus! Eu consegui!
     E depois tudo ficou escuro.
     Ele tinha aberto os olhos na vida real, tinha acordado. 

6.06.2011

Capítulo I: O primeiro e último contato.


O ar estava movido de cinzas e fumaça. Destroços estavam por todo lugar, ele observava aquilo e não via mais a beleza no mundo. Todos correndo, tiros, bombas caindo a cada segundo, pedaços de telha, madeiras eram os fogos de artifícios daquele momento, voando para todos os lados. 
Ele estava sem caminho, olhou para frente, grupos de soldados fortemente armados, na sua retaguarda, aviões e tanques vindos em sua direção. Dos lados pessoas correndo sem direção, com medo da morte que já era como sua sombra, te seguindo a todo o momento. 
Ele se ajoelhou perante aquela paisagem de destruição, sobre aquele chão cheio de corpos, estava esperando sua hora chegar.
Olhou para os olhos mortos de uma pessoa caída no chão, e imaginou se ia doer se ia fazer falta menos uma pessoa no mundo, de como aquela pessoa sofreu ate chegar naquele momento.
Pensou na sua família, onde estariam agora? Mortos, perdidos? Ele não sabia. Agora estava de cabeça baixa chorando, esperando pelo ultimo suspiro. Ele estava na linha de fogo, entre uma guerra, de repente um tiro, tudo ficou escuro.
Ele se levantou com um tranco, arregalou os olhos. Era apenas mais um sonho, um pesadelo.
Sua respiração ofegante, ele estava suado, demorou em raciocinar que ele estava na sua cabana, ele olhou o relógio e conferiu as horas, 04h30min da madrugada, mas tinha uma coisa que era real ao que estava sonho. Seus pais estavam perdidos, o relógio foi uma das lembranças que seu pai deu antes de se perderem. Sua mãe tinha lhe dado uma foto, nela estava, seu pai, mãe e Saimer, estavam abraçados e sorrindo. 
Levantou-se, já perdera o sono, não iria conseguir dormi novamente. É assim todas as vezes que tem o pesadelo.
Saiu da cabana. O lugar onde estava locado o acampamento era em uma floresta faia, uma das poucas florestas que sobraram no mundo. Uns falam que estavam que estavam na Alemanha ou na França, pois a mata era característica dos países, mas isso não importava muito.
As árvores podem alcançar os 40 metros. A sua casca é lisa e cinzento-clara.  O clima era mais frio e mais úmido.
Saimer estava vestindo um coturno, calça jeans, uma camisa branca de manga comprida de algodão, e por cima um grande casaco de pele.
Contemplou a neblina pairando no ar, atravessando milhares de árvores e as barracas de acampamento que estavam espalhadas por toda parte.
O clima estava frio, suas mãos não estavam cobertas por nada, ela as esfregou para esquenta-las e deu uma baforada no ar, uma massa de ar saiu da sua boca. 
Saimer foi em direção a uma árvore onde ele havia colocado um espelho, conferiu sua aparência.
Seu cabelo loiro estava bagunçado, ele ajeita e por ser ‘’repicado’’ não mudou muita coisa, um pouco de franja que tinha, ficou caiu no na testa.
Seus olhos eram cor de mel, mas suas olheiras não deixam seu olho em destaque, estavam cada dia pior por causa das noites mal dormidas. 
Seu rosto estava com umas cicatrizes por conta do trabalho que ele tinha.
Ele e mais uma menina eram responsáveis por pegar madeiras para fazer o fogo das refeições e para esquentar todos no acampamento.
Conferindo seu visual voltou para dentro da cabana que mal cabia ele dentro, fuçou em sua bolsa e pegou um caderno. De capa dura, preto, grosso e meio desgastado já.
Pegou uma caneta e abriu na metade, pois já tinha escrito muito, acendeu o lampião, controlou o volume do fogo para não ficar muito alto e com muita iluminação, deixou razoavelmente o bastante para enxergar, sentou-se. E começou a escrever:
1° de Janeiro de 2500...
‘’Mais um pesadelo, foi como os outros de todas as noites. Tenho medo que isso seja alguma premonição ou algo do tipo.
Sinto falta dos meus pais, já faz cinco anos que não os vejo, ainda tenho esperanças de que estejam vivos.
Ainda me lembro de como começou tudo isso, tinha apenas sete anos, mas recordo de tudo.
Tudo isso começou muito antes de eu ter nascido, meu pai e minha mãe contava para mim quando estávamos escondidos nas montanhas, nem lá deu para se esconder. 
Lembro-me de ver clarões das bombas estourando nas montanhas, as avalanches, matando pessoas que estavam se escondendo.
Eles falavam que a busca pelo poder maior foi a causa de tudo. Todos os políticos não estavam satisfeitos com o que tinham, sempre querendo mais e mais. 
Não foi atoa que sempre falavam que os países tinham armas suficientes para destruir o mundo, foi o que aconteceu.
Dizem que existe um lugar. Um lugar em que existem sobreviventes e umas pessoas anormais. Não sei muito sobre isso, talvez os outros saibam ou não. Em quem vou acreditar?
Todos os dias estão sendo a mesma coisa. O pessoal aqui do acampamento estão com medo de sair por ai explorando o resto do mundo. 
A única pessoa que me faz levantar e lutar para sobreviver, bem... Primeiramente são meus pais e depois, ela. 
Ouviu um barulho lá fora. Vou ver o que é. ’’

Saimer se levantou e viu através do tecido da barraca uma sombra se aproximando, seu pensamento foi: ‘’droga, quem acordou bem na madrugada no frio desse e decidiu vir me atormentar’’.
Mas ele ouviu uma voz doce vindo de fora da barraca:
- Saimer, esta acordado? Posso entrar?
De dentro da barraca ele deu um suspiro e guardou rapidamente seu diário e respondeu logo em seguida:
- Claro, pode entrar.
Uma garota de cabelos ruivos como o tom de uma chama de fogo, olhos verdes como uma pedra de jade, com a pele branca e um perfume adocicado entrou na barraca meio agachada, pois a barraca não era grande assim. E antes que eu me esqueça, o nome dela é Kimberlly Clark.
- Feliz ano novo para você. Teve pesadelos outra vez? – saudou Kimberlly e perguntou se teve mais uma vez pesadelos, pois já sabia que todas as vezes que ela ia a sua barraca era porque tinha tido um pesadelo.
- Ah, feliz ano novo para você também. Tive, foi como todos os outros, difícil isso, às vezes tenho vontade de... – Kimberlly foi interrompida.
- Não começa com isso outra vez, assim como você, eu tenho pesadelos todas as noites quase, e nem por isso vou desistir de tudo e se matar. Eu tenho que estar firma sempre e continuar a ter esperanças. E pode se sentar, não paga nada.
- Desculpe, mas eu não tenho ninguém, exceto você. Claro que o pessoal aqui do acampamento esta passando pelo mesmo que nós, mas eles não têm a mesma idade que nós – tinha um tom de tristeza na voz de Kimberlly.
Ela e Saimer tinham quase a mesma idade, ele tinha quinze e ela quatorze.
Eles estavam sentados, Saimer ao perceber que ela estava quase chorando foi e abraçou carinhosamente, passou um braço por cima dos ombros dela e encostou sua cabeça com a dela. 
Assim como Saimer, Kimberlly se perdeu dos pais logo quando era criança no meio do caos todo.
Os dois vivem grudados, ambos amam um ao outro, mas ninguém cede e se abre e conta seus sentimentos.
- Você tem coragem de fugir? De deixar todos eles para traz e sair por ai procurando seus pais? – perguntou Kimberlly com os olhos fechados.
- Tenho, mas não é fácil quanto parece, estaríamos sem alimento, sem alguém mais velho, as coisas são complicadas demais. 
- Eu sei, mas se fossemos juntos seria melhor – continuando a insistir no assunto.
- Sim, talvez, mas mesmo assim seria complicado, você sabe. Mas quem sabe algum dia, pode ser amanhã, daqui uma semana, não se sabe o que pode acontecer.
- Tem razão, acho melhor eu ir tentar dormir, daqui apouco temos dever a fazer não é? – Saimer deu uma bufada significando: é infelizmente.
- Pois é, é melhor você ir, vou tentar o mesmo que você – Eles se ‘’levantaram’’ se despediram com um tchau e Kimberlly saiu da barraca deixando para traz o cheiro do seu perfume.
Talvez vocês estejam se perguntando, como eles fazem para tomar banho? 
Bem... Têm alguns engenheiros no acampamento, algumas ferramentas também.
Eles canalizaram a água de um rio que existe por perto, colocando um motor que faz a água ir para o cano e fazendo assim ela correr pelos canos ate chegar ao ponto onde tem chuveiro e aonde vai aquecê-la também. 
Eles construíram uma espécie de cabana em torno desse chuveiro, como se fosse uma casinha para não entrar friagem, animais indesejáveis e por ai vai.

Saimer deitou-se em seu colchonete, ele tinha também um saco de dormir, mas como estava cansado só deitou e se cobriu e logo dormiu.
No sonho ele estava no mesmo senário de sempre. Estava ajoelhado preste a tomar um tiro e esperar tudo ficar escuro de novo, quando tudo desapareceu, evaporou como agua.
Tudo ficou branco, Saimer estava ajoelhado em um chão branco, na verdade ele não sabia onde dava aquilo, parecia um corredor enorme.
De repente um senhor apareceu, com um terno preto, sapato social também preto. O que dava destaque nele era a barba branca e longa, cabelos grisalhos e longos também e olhos pretos. Seu rosto estava enrugado, mostrando a idade já estava acabando com ele, porem quando ele viu Saimer abriu um sorriso, seus dentes eram perfeitamente brancos e alinhados.
- Ate quem fim, ai estava você Saimer Bennet – disse o senhor com uma voz fraca, que quase Saimer não ouviu.
- Onde estou? Quem é você? Eu ainda estou sonhando? O que é tudo isso? – Saimer começou a fazer uma pergunta atrás da outra, o senhor apenas, olhou para ele com um sorriso e com seus olhos pretos,
- Desculpe invadir seu sonho assim jovem, me esqueci de me apresentar. Meu nome é John Dominic, sou um Dreamer – disse ele com uma simplicidade.
- Você é um... O que? Como sabe meu nome? E como assim invadiu meu sonho? – perguntando Saimer desesperado atrás de respostas e logo foi se colocando em pé. John deu uma risada e respondeu:
- Meu jovem, se aquiete, eu vou responder todas suas perguntas se me deixar! E parar de fazer tantas outras perguntas, você deixa? – perguntou John pacientemente.
- Deixou, começa.
- Vou resumir tudo o mais rápido, não tenho muito tempo. E espero que ninguém te acorde, se não será em vão tudo isso.
‘’Como eu ia dizendo, eu sou um Dreamer. Dreamer são pessoas que podem sonhar com o que quiser, basta ter uma mente aberta o bastante para ter criatividade. Depois que você acordar, poderá tornar tudo o que sonhou em realidade, basta você acreditar e querer tornar tudo aquilo em realidade. Mas como eu disse, se alguém te acordar tudo o que te falei ate agora será esquecido e você não lembrará que teve esse sonho.
Eu, assim como poucos Dreamers, consigo invadir sonhos de outras pessoas, manipula-los e outras coisas, como estou fazendo com o seu. Creio que você ficou feliz por isso, não tem tido bons sonhos ultimamente estou certo? 
Você certamente já ouviu falar que existe um lugar que a habitantes e que tem pessoas digamos... Não normais lá não é mesmo? Sim, esse lugar existe, e eu estou nele, em certas condições que você não gostaria de estar. Estou em um calabouço aprisionado. Essa é mais ou menos minha aparência que você esta vendo, acredite esta pior. 
Nesse lugar, existem mais como eu, mas outros mais fracos e trancafiados e não podendo usar seus... Poderes, diga assim de passagem. Quando duas pessoas dormem perto uma das outras, elas conseguem ligar um sonho no outro, tornando assim um sonho só, quebrando o efeito de uma droga que dão para essas pessoas. Não posso falar muito nisso, tenho outras coisas para falar e depois você mesmo pode descobrir mais sobre esse lugar. Posso te dar uma dica, esse tal lugar se chama Apsylon e fica no fim das terras da Rússia. 
Eu estive procurando você há tempos e depois de anos de busca aqui estou eu em frente ao Escolhido. ’’
Houve um silencio. Saimer ficou sem o que falar, não sabia se tudo aquilo era verdade, real ou irreal, mas finalmente ele conseguiu falar:
- Se tudo isso for verdade, eu estou controlando meu sonho? Porque nos meus sonhos normais ou não, não costumo falar muito e nem fazer perguntas elaboradas assim. E como assim eu sou um Escolhido? 
- Bem, eu queria chegar nesse ponto. Saimer Bennet você é um Dreamer, e é mais poderoso do que eu, do que todos. Todos em Apsylon acreditam que uma pessoa como você libertará todos, mudar o mundo.
- Eu? Mas eu só sou mais uma pessoa que sobreviveu a esse caos todo – Respondeu Saimer pasmo.
- Sim, você. Talvez você não acredite agora, mas mais cedo ou mais tarde vai acreditar. O mundo precisa de você.
- Tudo bem, isso aqui não é real, isso é um sonho qualquer, não pode ser verdade.
- Claro que não é real, é um sonho, e não é qualquer sonho. Eu não tenho muito tempo de vida Saimer, não mesmo. Eu queria te ensinar como se libertar, se expandir, mas estou morrendo, estou no meu limite, esgotando toda minha energia vital nesse contato, esse vai ser o primeiro e único, não haverá outro. Assim que você acordar não me vera mais, lamento. 
- Me fale uma dica apenas – disse Saimer com esperanças de que tudo aquilo fosse se tornar real quando acordasse. John lançou lhe um sorriso e se aproximou do garoto. Toda a conversa eles estavam distante um do outro. Ele apenas falou:
- Acredite em si mesmo, a chave esta em você, na sua mente. Adeus – Essas foram suas ultimas palavras, ele sumiu feito fumaça.
E tudo voltou como estava. Saimer estava em um pesadelo, preste a tomar um tiro, com a cabeça baixa de olhos fechados. 
Em sua mente ele gritava: EU SOU VOU SONHAR COM ISSO DENOVO, CHEGA DISSO, BASTA!!!!!!!!!!!!!! 
Houve um disparo, Saimer em sua mente continuou gritando, mas falando apenas uma palavra: NÃO!!!!!!!!!!!!!!!
Desta vez ele não acordou, ainda estava sonhando. Tudo em sua volta estava lento, em câmera lenta. Quando abriu os olhos, viu a bala paralisada a menos de cinco centímetros de sua cabeça.
E com um tranco ele acordou.